terça-feira, 31 de julho de 2018

Restos diurnos


Por Rodrigo Fernandes Teixeira

Eu vi um sonho assim


Estranho. A frase de início do texto causa estranheza a priori, pois quando sonho não sei quem é "eu". Quando eu acordei, lembrei de um sonho que creio ser assim, um sonho que se formou dessa forma: A imagem que se formou era de um estádio de futebol que creio que seja o Vicente Calderón, do Atlético de Madrid. Nele o Atletico jogava, eu acho. A cena que existiu era de um gol marcado pelo zagueiro Diego Godín. Eu estava na comemoração, não sei se era da comissão técnica ou um fotógrafo, mas ele me abraçou em um bolinho de gente em uma euforia sem igual, que lembrava um pouco a euforia dos gols que o mesmo marcou na derrota na final da Champions de 2014 ou na vitoria na la liga contra o Barcelona que garantiu o título. O gol de cabeça do Godín em algum momento decisivo é uma espécie de entidade mística do futebol. Mas por que diabos sonhei com isso? Não está na temporada de futebol europeu, a copa acabou, por que será eu sonhei  com o Godín? Os motivos pelos quais os sonhos se formam são problemas de quem acorda, não a toa o pleonasmo acerca da formação do sonho. E o pior sonho é aquele que é muito despretensioso. Que conteúdo podia ter este? Vicente Calderón? Podia minha vida ser um caldeirão? Será que era essa a mensagem? Daí lembrei do filme que havia visto antes de dormir: Thor - Ragnarok. No filme, Odín morreu. Deus Odín. Em ingles, idioma do filme: God Odín. Godín. Parece ser um resto diurno. Parece, não sei. Nunca saberei, sei que quando comemorei o gol, o sonho se foi.


Então eu abri meus olhos e despertei




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