Por Erika Aparecida Rebequi
Eu vi um sonho assim...
"Morrer ou dormir, dormir, talvez sonhar" e "somos feitos da mesma matéria que nossos sonhos" diz William Shakespeare em "Hamlet' e "A tempestade". Não sabemos nem nunca saberemos exatamente o que é o sonho e nem mesmo com exatidão o que sonhamos, mas o sonho, com suas vicissitudes e sua palheta caótica de alucinações e delírios é algo que produz, perturba, inquieta. E você, é um (a) sonhador(a)? Envie seu sonho para lexpartelab@gmail.com
Por Erika Aparecida Rebequi
Eu vi um sonho assim...
Por Alaídes Zanoni
Eu vi um sonho assim
Estou em um lugar desconhecido eu e meu marido. Digo para ele que preciso lavar meu cabelo e, que o mesmo já está com xampu.
Passamos por vários rios e ele diz que essa água está suja. Eu me sinto incomodada, pois ele “marido”, me impede eu lavar o meu cabelo nos riachos que vejo.
Digo para ele assim: daqui a pouco não tem mais rios e eu não lavo meu cabelo, e nessa caminhada à procura de outros rios, vejo lugares
que existiam rios e que o leito já estava seco.
Continuo caminhando e vejo um outro riacho onde corre água límpida, com pequenos poços e outros lugares mais estreitos e, vejo que é possível lavar bem meu cabelo. E quando me aproximo do riacho piso em um lugar de lodo, onde tem matos e folhas secas e, quase atolo meu calçado no lodo.
Saio do local e vejo meu marido numa rampa acima me observando.
Vou em direção do riacho com dificuldade, porque tem árvores próximas, me seguro em uma das árvores e, quando estou bem próximo do riacho, onde quero lavar meu cabelo, vejo uma cobra e digo para meu marido: tem uma cobra aqui, nisso a cobra vai se aproximando do rio e vai se infiltrando na água, ela é rechonchuda e curta de cor verde, com duas listras vermelhas nas costas, penso na hora que é uma cobra venenosa.
Em seguida vejo outra cobra menor e fina entrando na agua.
Após vejo três crianças pelas costas caminhando, neste mesmo local descendo o arvoredo, uma delas foi mordida pela cobra menor. Digo para meu marido; tem uma criança (menina) chorando, acho que foi picada. Pergunto, você foi picada pela cobra? Ela diz sim.
Me aproximo um pouco mais e já vejo esta pessoa adulta que mostra o antebraço mordido, próximo da axila.
Vejo em formato de um círculo redondo avermelhado onde foi mordida. Nisso já estamos próximo de seus pais e digo que precisa leva-la com urgência à um hospital. No sonho me vem a imagem do hospital de Barra do Turvo, lugar que conheço.
Por Márcia Uehara
Eu vi um sonho assim
Estava andando pela rua correndo tendo que entregar algo em um clube e muito preocupada pois estava perdendo uma aula. Ao tentar sair do clube, o portão era muito complicado para fechar, era de metal e o fecho não encaixava no orifício corretamente. Eu estava de bicicleta e queria olhar no Google Maps para ver se estava no melhor caminho, mas achava que tinha esquecido o celular em casa, porém ao procurar melhor, vi que ele estava na mochila que eu carregava.
Saí pedalando e alguns homens que estavam caminhando olharam para mim e me perguntaram onde eu enxergava que haviam ido parar “os meninos”. Olhando para eles respondi prontamente: “Dentro de cada homem” e isso reverberou positivamente entre todos eles.
Então eu abri meus olhos e despertei
Por Márcia Uehara
Eu vi um sonho assim
Eu estava atrasada para ministrar uma palestra. Ela ocorreria num auditório muito grande, muito longe e havia uma subida muito íngreme para chegar até lá.
Saí correndo em direção ao local, subi a subida com bastante dificuldade. Cheguei ao local toda descabelada e suada. Subi no palco tentando me arrumar o máximo possível, dei uma arrumada na roupa, no cabelo, no meu material , nos livros que estavam sobre a mesa. Dei também uma risadinha sem graça e fiquei aliviada ao ver que havia uma garrafa de café. Pensei: “bom, vou servir um café para esse pessoal e assim amenizar um pouco essa situação em que me encontro”.
Quando percebi o café estava frio e era do dia anterior.
Então eu abri meus olhos e despertei
Por Arthur Marques
Eu vi um sonho assim,
Dormir na rede, uma rede laranja que, como um pêndulo, balança de um lado ao outro em um ritmo constante. Me levanto dessa rede, abro a porta do quarto e estou no segundo andar da minha casa, o que chama minha atenção são as cortinas, elas estão em uma dança frenética com o vendo. Como amantes, esses dois vão se mexendo, esvoaçando e bailando. O sol, agora, quer participar e refrata os seus raios de encontro as janelas, posso sentir o gosto do calor, o cheiro do brilho, ver o som, essa sinestesia me confunde. Estou no liminar entre loucura e paixão. Desço as escadas….
Então abrir meu olhos e despertei
Por Eliziane Nogueira Soares
Eu vi um sonho assim...
Estava no segundo andar de um pavilhão(parecia ser em uma escola que já estudei), meu filho menor brincava no corrimão com outra criança menor que ele, eu ajudava alguém a expor em um painel(não me recordo o que).
Eu deitada com muita indisposição digo ao meu filho para que repare a criança que logo cai, me agarro no corrimão olho para baixo para ver a criança que caiu e avisto um senhor caído, dou dois gritos enquanto algumas pessoas parecem segurar o senhor desacordado logo passa meu desespero.
Então eu abri meus olhos e despertei
Por Ana Gabriel
Eu vi um sonho assim...
Chegava no Mercado Público e descia por um túnel, pensei em chegar numa estação do Trensurb. Mas esse túnel estava repleto de escombros, parecia que tinha sofrido escavações. Tive medo, era silencioso e tão desolador o que via, mas continuei.
Mais adiante chego a um lugar aberto, ensolarado, com vista para o Guaíba e pequenos prédios com exposição de artes plásticas, muito coloridas e vários adolescentes, que logo pensei serem alunos em visitação à exposição.
Me aproximo de um senhor de chapéu e óculos, apreciando o Guaiba e lhe digo: Como pude passar a vida inteira sem conhecer este lugar? Ele virou-se e disse algo que nunca soube.
Então abri meus olhos e despertei.
Ana Gabriel
Por Fábio Dal Molin
Eu vi um sonho assim
Estou treinando na academia de mestre Chan Kowk Wai em São Paulo. Estou sozinho e a academia está bem diferente da verdadeira, parecendo um imenso ginásio com chão de parquet e paredes brancas. com uma arquibancada. Estou executando os katis longos do estilo Shaolin do Norte, pulando alto e chutando com força, batendo o pé no chão, como quando eu era jovem.
Mestre Chan me repreende, dizendo que estou usando muita força, e que o treino deve ser suave, sem barulho. Eu respondo a ele dizendo que eu sabia disso, que ele já tinha me dado essa lição (na verdade quem sempre insiste nisso é o meu mestre, aluno dele, mestre Chan é meu avô-professor)
Ele faz uma reverência com a cabeça em sinal que havia compreendido meu ponto de vista e sobe no último degrau da arquibancada para ver meu treino.
Então senti a real sensação que tive quando realmente estive em São Paulo para treinar sob o olhar do Mestre, um misto de temor, responsabilidade e orgulho.
Então eu abri meus olhos e despertei
Por Lúcia Pozzobon
Eu vi um sonho assim
A velhinha argentina bateu à minha porta dizendo que estava passando mal. Eu, pronta para um compromisso, fui ver o que se passava. Pediu que ficasse com ela até que chegasse a Ecco Salva. Contou que sentia tremores que vinham do nada. Como era diabética e tinha pressão alta fiquei preocupada.
Compromisso cancelado, ficamos conversando em seu apartamento, que parecia uma loja de antiguidades, de tantas relíquias expostas. Cada qual com uma história, um lugar de origem, uma lembrança trazida dos confins da Terra.
Quando o socorro chegou, a velhinha argentina, uma verdadeira boneca de porcelana, mimosa como ela só, com seu sotaque encantador, sentia-se melhor, mas o médico achou prudente removê-la a um hospital para exames.
Só sei que não quis ir, disse que hospital é lugar de morrer e que se fosse para morrer queria morrer em casa como sua mãe.
Nisso, o apartamento estava lotado de familiares, mais uma amiga, a equipe médica e eu a convencê-la.
Então eu abri meus olhos e despertei
Por Lúcia Pozzobon
Eu vi um sonho assim:
Estava vestida de noiva, com o cabelo um pouco mais claro do que uso agora, comprido. Sentada num banco numa igrejinha simples, tipo do interior, ou algo assim, feliz como nunca. Ria muito junto com uma amiga, quando percebi que uma parte do meu cabelo, que estava levemente preso, começou a ficar desarrumada. Nisso chega meu noivo, alguém que me trazia muita paz, confiança e alegria. Sorrio mais ainda. Digo que vou retocar o cabelo, mas volto com o cabelo ainda mais bagunçado. Risos. Repito essa cena várias vezes. Não paro de me movimentar e falar. Somente nós três estamos na igreja- meu noivo, eu e minha amiga. Tentamos novamente arrumar meu cabelo. Meu noivo diz que está lindo assim e vamos até o altar onde o padre espera. Mais risos e a sensação de que nada mais importa a não se a de que estamos juntos .
Então eu abri meus olhos e despertei.
Por Fábio Dal Molin
Eu vi um sonho assim
Estou em uma praia de mar marrom e configuração caótica, como se a areia penetrasse o mar com unhas e as ondas assumissem formas de ponta. O sol está forte, a espuma é branca e o dia está lindo, amarelo queimado e vento gelado escrotoconstrictor, Eu tenho intuições, premonições, antecipações, vejo um mundo em ruínas.
Agora estou na piscina dos meus vizinhos da infância, onde aprendi a nadar, ela fica em um pátio no fim do terreno no meio da quadra, é funda, mais de três metros, e azul, muito azul, como se o universo inteiro fosse dessa cor e meu cérebro se colasse no próprio tecido da realidade.
Eu mergulho como mergulhava na infância, eu era o príncipe submarino contando os minuto láaaaaa no fundo e sentido a cosquinha dolorida da pressão de duas atmosferas de água. Eu adorava o silêncio do abismo que me recobria, por mais que o dia fosse calor lá embaixo era sempre um friozinho angustiante. Eu passava minhas tardes no fundo,
Então eu nado pelo resto da piscina, meu ambiente, e ali há meu irmão e outras pessoas
Agora percebo que posso respirar embaixo d!água e conversar com as pessoas
Então eu abri meus olhos e despertei
Por Eliziane Nogueira Soares
Eu vi um sonho assim...
Estava em um local, era um dia nublado e um tanto escuro (como um anoitecer), praticava atividade sexual com G. debaixo de uma lona( era o que nos escondia para que ninguém não nos visse praticando o ato). Ao caminhar por ali me deparo com uma senhora avó de G., e sua irmã, em uma casa coberta por lona, onde estão com alimentos sobre uma mesa, ali a neblina se chocava com a fumaça, parecia tudo sujo.
Em um local próximo, coberto por grama me deparo com algumas pessoas, olho e vejo uma carroça com dois cavalos passando, G. governa os cavalos, e um homen que está com ele dá alguns tiros, avisto meu filho atrás de mim e digo para que ele se deite no chão para evitar que o tiro o atingisse, pareceu que G. estava levando alimentos já preparados para comer com sua vó e sua irmã.
Saindo do local descendo a ladeira em direção a minha casa, avisto um caminhão descarregando alimentos na casa de uma ex-vizinha, neste momento chove bastante, assim como os entregadores de supermercado eu também tenho que passar por um fio de choque(penso na dificuldade e no risco que tenho de enfrentar exatamente pelo fato de estar chovendo), avisto muita lama onde estou e por onde tenho de passar, assim como o local sinto meu corpo sujo e muito nojo, e descendo a ladeira penso que tenho que passar por muita lama até chegar em casa e poder me livrar daquela roupa e tomar banho.
Então abri meus olhos e despertei.
Por Agnalda Carneiro
Eu vi um sonho assim....
Por Milena Morvillo
Eu vi um Sonho assim...
Por Usagi Kou
Por Tatiana Alencar
Eu vi um sonho assim,
Estava andando pela rua, próximo a minha casa, e observava 3 novas vizinhas estrangeiras, pareciam ser indianas. Ao voltar para casa vi que meu gato estava na rua, era um gato rajado amarelo, mas vi também que ele era grande, tinha o comprimento de 1 metro aproximadamente. Conclui que meu gato era um gato selvagem. Logo em seguida, me via à beira de lago ou rio, eram águas calmas e possuíam uma vegetação que adentravam na água. Via então, um barco vermelho com uma faixa amarela e um telhado de madeira se aproximando da margem. Dentro não havia pessoas, mas, o gato igual ao meu, com vários filhotes. O barco parava na margem e a gata mãe pulava na água para caçar e também os filhotes, nadando atrás dela. Cansada, eu deitava na beira da água para me refrescar e relaxar. No entanto, eu me lembrei que a gata que saiu para caçar poderia voltar caso não achasse uma presa. E, ao levantar a cabeça, dei de cara com a boca bem aberta para me dar o bote. Rapidamente segurei as mandíbulas da gata selvagem numa luta entre a vida e a morte.
Então, eu abri meus olhos e despertei.
Por Eliziane Nogueira Soares
Eu vi um sonho assim...
Eu e M. estávamos em um campo(parecia ser aqui átras de casa), M. estava sentado em um um banco, e eu muito próxima dele, sentada sobre a grama, eu tinha um bigode preto, parecia estarmos longe de tudo e de todos(em um espaço que só nos tínhamos acesso), eu olhei para M. temendo ter que tirar meu bigode caso tivesse que voltar a ser vista por outras pessoas, eu estava me sentindo tão bem ali na presença de M. podendo expressar minha total liberdade, e M. também parecia estar super á vontade.
Então abri meus olhos e despertei.
Por Alessandra Miranda
Por Cora CoraNina
Eu vi um sonho assim:
Ao ir fazer xixi no banheiro, abaixo minha calcinha e descubro que tem um pequeno sapo grudado na minha barriga, abaixo do meu umbigo (penso: nossa! quando peguei a calcinha, o sapo devia estar nela e a coloquei sem perceber). Parece uma tatuagem, mas é um sapinho de verdade e até fofo. O problema é que o sapo sai pulando pelo banheiro e vai se transformando num sapo maior, maior, maior até chegar num sapo daqueles grandões e feios (que incham e se tornam perigosos). Daí para frente, toda vez que tento pegá-lo, ele me ataca e tenta me morder - quase um jacaré. Tento me livrar do sapo agressivo (com este quê de jacaré), mas ele é traiçoeiro e parece estar por todas as partes... Se consigo subir numa mesa, ele consegue me alcançar, se mudo de lugar, o sapo parece surgir também. Depois disso, o sonho percorre algum evento em que sou a protagonista, mas que não consigo organizar muito bem por conta de fatores externos e dos outros participantes, apesar de saber que o evento tinha como dar certo. Tem, em especial, um rapaz, que era responsável por organizar a parte "externa" do evento - na calçada (que aliás, parece que ocorre na parte da frente da casa antiga dos meus pais onde cresci), mas não consegue fazer o que eu peço. Depois ele tem uma outra ideia e parece me convencer que a ideia dele faz sentido...
Por Eliziane Nogueira Soares
Eu vi um sonho assim
Eu ainda criança, estava na casa de minha mãe, sai do quarto fui até a cozinha e percebi que chovia, então voltei ao quarto para me deitar.
Levanto vou até a rua e olho para o céu,(aqui percebo que já sou adulta) vejo muitos homens que faziam questão de cobrir com o casaco slogans de empresas de suas vestes, que se encontrava na parte direita ou esquerda do peito, estes do lado de fora, abrigavam homens com finos paletós dentro de uma estrutura em forma de cilindro, que me parecia ser de concreto.
Então pergunto a minha mãe:
Porque aqueles homens estão protegendo outros, e quem vai proteger eles? e nós mãe porque ninguém nos protege?
Minha mãe me olha com uma expressão em que eu entendo que estamos sem nenhuma proteção,e que aqueles que estão a proteger outros estão mais protegidos do que nós.
Neste momento eu, minha mãe, e meus filhos estamos lado a lado olhando para o céu e assistindo o fim que se aproxima.
Então abri meus olhos e despertei.