quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Uma mulher em três tempos atravessando a tempestade OU Um sonho para Fabio Dal Molin



Por Lúcia Pozzobon


Eu vi um sonho assim

Em uma praça grande, uma mistura de todas as praças que já vi na vida, ao vivo e em diversas imagens, e em uma cidade que também não me parece conhecida, estou, eu, inicialmente sentada na grama, depois  em um banco, observando tudo o que posso. 

Tenho apenas um livro comigo e uma bolsa.  Carrego no peito uma sensação de desconforto por estar só,mas  aos poucos percebo, com uma certa alegria serena, que esse não é um sentimento de solidão mas, sim, de solitude. 

Observo  que há casais, famílias e, também, pessoas sozinhas nessa praça, o que aumenta ainda mais meu  conforto e minha paz.

Sei que sou eu neste lugar, mas tenho outro corpo e rosto, de alguém totalmente desconhecido, ou, melhor, trago  uma mistura de mulheres de um tipo físico específico: jovens de cabelos escuros,compridos lisos e volumosos, estatura alta, com uma silhueta mais arredondada do que a minha.Sou, aqui, uma estudante universitária.

De repente, tudo muda nesta cena.

Uma espécie de tempestade esta se formando e todas as pessoas vão embora assustadas. Sou agora uma mulher com mais idade, aparentando uns 45 anos, mas ainda tenho cabelos pretos, agora curtos. Sou uma professora universitária ou uma psicanalista. Agora mais baixa e mais magra do que a jovem da cena anterior.


A tempestade de vento, areia e raios, que pintou o céu de chumbo e de clarões, está muito forte, sou uma das últimas a fugir. Fico pensando no que fazer. Corro feito barata tonta e encontro outra mulher perdida, que sai de uma mata fechada, enigmática. É mais velha do que eu e mais perdida ainda, ao que parece. Indica que devo ir ao contrário da multidão.

Não estou segura, não quero segui-la, mas  me arrisco indo atrás dela.

A mulher some e o caos aumenta. Fico só.

Chego até um apartamento muito bom, que é meu, mas que, a princípio, nunca vi. Um rapaz de 20 anos esta lá e, no sonho, é meu filho. 

Nos trancamos no imóvel pois a tempestade transformou a Terra em um lugar perigoso e violento.Entendo que temos que fugir desta catástrofe, juntar nossos pertences básicos, alimentos, dinheiro e partir... 

Batem à porta, é minha filha, que chega junto com uma senhora mais idosa, a governanta da família.Sinto que não é uma pessoa de confiança.

Aceleramos os preparativos finais para a debandada.  Um homem que não conheço, mas que sei ser meu marido, surge do nada, ele está nos ajudando.

Lá fora, a tempestade se apresenta medonha, tudo gira com o vento, tudo  é cor de carvão.

Dentro do apartamento, a governanta parece brava, não sei exatamente o que quer; não estou gostando. Diz que precisa proteger seu filho, que na minha imaginação aparece vestido de macacão. Não aprecio a visão desse rapaz. Peço que a mulher se vá. Ela fica naquele vai não vai.Minha filha protege essa senhora.


Estamos agora todos ao redor de uma mesa imensa, que mostra a família tradicional, rica e unida que representamos.Falta pouco para sairmos rumo ao desconhecido.

Enquanto todos falam ao mesmo tempo,   meu marido está sentado numa ponta da mesa e eu, que agora sou loira acinzentada e tenho cabelos bem curtos,estatura mediana e uns 60 anos, apareço em pé  na outra cabeceira. Aparentemente sou uma empresária de sucesso ou uma cirurgiã famosa, uma mulher a quem todos levam muito em consideração. Sinto que sou a líder do grupo.  

Por fim, minha filha e meu filho conversam distraídos nas laterais da mesa e não percebem quando a velha governanta finge que me abraça antes de ir embora, na verdade golpeando-me traiçoeiramente,  no peito, com um punhal.

Sinto a dor, o espanto, o “vou morrer” e, também, a perplexidade e o pavor dos filhos e do marido diante da cena.

Parece que, ainda em pé, coloco a mão no coração e começo a agonizar.

Então eu abri meus olhos e despertei




É a Mercedes

 Por Fábio Dal Molin


Eu vi um sonho assim

 Eu entro em uma casa e dou de cara com ela , Mercedes, uma diarista que trabalhava na casa da minha mãe quando eu era criança. Mercedes era uma descendente de alemães, morava em uma vila de Porto Alegre, e era casada com um homem bem vais velho do que ela, do qual eu nunca soube o nome, porque ela referia-se a ele simplesmente como "o velho",

Mercedes estava jovem com o rosto todo esticado de cirurgias plásticas e seus olhos verdes estavam MUITO verdes. Eu não a via há muitos anos, então gritei bem alto "É A MERCEDES, É A MERCEDES"

Então eu abri meus olhos e despertei

Casamento

 



Por Filipe Dornelles Ferreira

Eu vi um sonho assim
Entre e no meio de estar sonhando, eu de alguma forma sabia que iria casar em 3 dias. Eu não conhecia a pessoa, nem a pessoa me conhecia. O pensamento e a informação, que oscilava entre familiar e estranha, ficava repassando em minha cabeça. Ao início não dei bola pareceria normal, não sabia o por que nem como eu estava naquela situação, mas a sensação metade iminente de que algo aconteceria estava ali. Com o passar das horas e comigo andando e indo a lugares em função do casamento, como se tivesse me preparando e acertando os ajustes finais, a noção de que eu IRIA casar vinha mais iminente como forma de desespero. De fato era um marco importante, e aquilo justificaria minha vida a partir de então, e eu nem conhecia a pessoa. A visão borrada mental como uma velha foto que oscila holograficamente na minha mente da menina me da uma noção de quem "poderia" ser. Mas tudo dava o sentido de que já havia sido acordado pelos mais da moça e pelos meus pais. Seria simplesmente uma união de formalidades, alianças. No entanto mesmo assim eu estava desesperado. Era um casamento.

Então abri meus olhos e despertei

Razão e confusão



Por Eliziane Nogueira Soares




Eu vi um sonho assim...

Em um espaço, parecia atrás de uma casa, meu ex companheiro matou o funcionário dele, parece que deu um tiro na garganta, eu escondi o revólver 38. Veio a polícia e retirou o corpo do local, não se ocupando em investigações. Dois dias se passaram meu ex companheiro matou outro cara e sumiu, como se ele não tivesse no local na hora do assassinato. A polícia novamente voltou e me fizera algumas perguntas, novamente eu tinha escondido o revólver 38 que tinha uma cordinha amarrada. Não se ocuparam nas investigações e retiraram o corpo do local. Eu entendia que meu ex companheiro tinha razões para este ato, ele era a razão.

Na mesa eu tentava digitar no notebook uma palavra que terminara com guei/quei e apagava nao conseguido me lembrar da palavra que queria escrever.

Falei para uma professora da Furg que tinha interesse que me orientasse no meu TCC, que eu queria escrever sobre mulheres com uma linha histórica e o que é ser mulher. Ela me perguntará se com recorte racial, eu a disse não e que queria escrever sobre todas as mulheres que o recorte de raça seria inserido no texto. Ela me fizera pouco causo, queria que eu escrevesse somente sobre mulheres negras ( assim eu entendi ), pensei bah quer escolher o que eu quero escrever em meu TCC aff, pior que não tenho outra pessoa aqui na Universidade para me orientar e não quero escrever só o que ela quer que eu escreva.



Então abri meus olhos e despertei.

Meu sonho de quinta-feira

 Por Eliziane Nogueira Soares

Eu vi um sonho assim...

Meu sonho de quinta-feira

Estava em uma casa fui convidada por um casal já aparentemente  idoso a ir na beira de um rio, o casal tinha um food truck, peguei minha bicicleta (uma bicicleta que para mim desconhecida, mas no sonho era minha). Chegando a beira do rio me deitei na grama lendo um livro em meu celular, era um espaço de paz e silêncio. O casal curtia a beira do rio e comiam e me ofereciam alimentos, eu não aceitei nada.  

Em uma casa estava meu sobrinho, sentada ao lado dele percebi que ele estava com um pacote de fumo, perguntei a ele se a religião que ele frequenta  permitia ou se tinha mudado as normas da religião, ele me disse calmamente que não, e que minha irmã mãe dele não sabe que ele fuma,  acho que ele me fez um aceno e eu li ( acredito que em um papel ou tela do celular) que era descumprimento da lei andar fedendo, ou seja passar dias sem tomar banho, dizia até o número do artigo da lei.

Minha irmã estava deitada na cama mexendo na carteira, acho que ela falou que estava pensando no cardápio do almoço, disse a ela que já tinhamos almoçado, e que faltava ela e mais duas pessoas para almoçar,olhei para o fogão e tinha duas ou três panelas com alimentos cozinhando.

Recebi o convite novamente dos idosos a ir na beira do rio, desta vez me falaram que a filha do casal o acompanharia, eu sabia que ela tinha uma formação se não me falha a memória em direito, pensei que pudesse ser para mim constrangedor estar na presença dela, tirei minha bicicleta do pátio abrindo o portão e segui em direção ao rio, lá faziam frituras no food truck,  senti um desconforto ao ver a filha do casal comendo aqueles alimentos gordurosos  e que chegavam a pingar gordura ela estava de frente para o food truck, eu não quiz comer nada, era bom lá calmo e silencioso, segui lendo meu livro na tela do celular, entendendo que era o melhor que eu poderia fazer ali.

Uma menina com caracteristicas de uma menina querida que eu conheço (não tenho informações de que ela tenha filha) disse com alto e bom tom que tinha uma vizinha que trazia comida a sua filha, eu entendi que ela fazia comida somente do agrado dela,  e não muito era do agrado da filha o que ela preparava.

Entao abri meus olhos e despertei.

Memórias

Por Glória Gean

Eu vi um sonho assim

Eram várias caixas grandes em fileiras, todas tinham umas arestas em cima, não eram totalmente fechadas, pareciam gaiolas. Na primeira caixa continha filhotes de crocodilos (bebés), apesar de estarem confinados, pareciam bem.

Na segunda caixa, eram crocodilos adolescentes, tinham olhos vermelhos, eram agressivos, queriam atacar. Fechei a tampa da caixa rapidamente e os escutei brigando, eles queriam a liberdade, ocupar outros espaços, descobrir outros horizontes.

Na outra caixa haviam dois crocodilos adultos, tinham as mandíbulas e as patas amarradas. Tentavam sair das amarras, se movimentando muito até que um deles consegue sair da caixa, desamarraram as patas, porém as mandíbulas continuavam amarradas. Como estou em cima das caixas, começo a correr pulando todas as caixas, inclusive a que estão os crocodilos adultos. Correndo muito entro num galpão, o local parecia um galpão de fábrica, contender de um navio.

Entro num local onde há uma festa, muitas luzes piscando, pessoas sorrindo com taças nas mãos, algumas circulavam com seus pares.

Uma pessoa muito conhecida do meu trabalho toca um sino e chama as pessoas para perto dela, faz um discurso de agradecimento e todos começam a se dispersar. Sinto-me muito bem naquele ambiente, me sinto segura e comtemplada.

 

Então abrir os olhos e despertei

Sintonia

 Por Glória Gean

Eu vi um sonho assim

Eram muitas borboletas que voavam sobre minha cabeça, muitas eram coloridas, amarelas, marrom, verdes, azuis, lindas... até que uma dela pousa na minha mão e me morde. É uma dor aguda. Vejo minha mão uma marca vermelha que deu uma leve inchada. Minha sobrinha diz que não foi nada e logo vai passar, pede para eu colocar um pouco de ervas sobre o inchaço.

Olho para cima e vejo a borboleta que me mordeu juntamente com as outras voando sobre minha cabeça, todas estavam alegremente batendo as asas. Sinto-me feliz em ver essas borboletas sobrevoando sobre mim.

Então abrir os olhos e despertei


terça-feira, 12 de outubro de 2021

Sonho

 Por Fabiana Louro

Eu vi um sonho assim


Estava em um sítio, onde também estava uma amiga que nos conhecemos na infância, mais precisamente, com oito meses de idade, seu nome é Kelly L. (Essa é outra Kelly e não a do sonho passado).
Eu estava com um vestido preto e branco, eu parecia grávida ou só muito barriguda.  Agora, o local estava cheio de pessoas, parecia uma festa no sítio.
Alguém me dizia: "Você é a irmã pequena do Fábio" e eu respondia: "Sou, mas não diria pequena" e comecei a rir.  
No sítio, encontrei o Lincoln, um ex-namorado. Ele estava com o pé machucado, mas continuava com os cabelos compridos (faz anos que ele cortou, mas era comprido quando namorávamos), eu o ajudava a se locomover.
Lincoln estava me pedindo alguma coisa, não lembro o que era, mas pareciam ferramentas pontiagudas, eu segurava com uma das minhas mãos, enquanto a outra cercava a cintura dele, que se apoiava em mim para caminhar. (Eram objetos pequenos, pensando agora, parecia até aquelas coisas que usávamos para fazer a unha.)
Quando eu o deixava no lugar certo, demorou um pouco pois era bem grande o local, tivemos que descer escadas e depois subir um tipo de rampa. Eu sabia que precisava voltar para o local que o havia encontrado, para pegar roupas, ele precisava se trocar.

Então eu abri meus olhos e despertei

Convenção das Bruxas

Por Glória Gean

Eu vi um sonho assim


 Era noite, estava subindo a rua com duas amigas, somente uma luz no poste iluminava o caminho, Eu dizia a elas que tinha o desejo de entrar para um grupo de bruxas. Uma amiga acha legal e me incentiva a fazê-lo, a outra amiga repudia e faz criticas. Não me incomodo, acho engraçado sua forma de enxergar o assunto. Continuo caminhando mas sozinha, chego num espaço aberto parece um campo de futebol. Já era dia. Vi muitas mulheres vestidas de bruxas, com longos chapéus pretos.. Sentei num banquinho na entrada do  local. Chegaram duas mulheres uma de preto e outra de túnica branca, pergunto a elas  o que estava acontecendo. Elas respondem que era o halloween. Observo as pessoas chegando cada vez mais.  Olho no painel luminoso com o nome Convenção das Bruxas.


Então abri os olhos e despertei

Medo

 Por Glória Gean

Medo


Estou em casa, de repente toca o interfone, a pessoa que está na linha diz que é do correio,  precisa entregar uma encomenda. e pergunta se pode subir. Faço silencio. Ouço mais vozes no interfone.. O homem diz mais uma vez se pode subir. Tenho um pressentimento de que não devo atendê-lo,
De repente o homem aparece diante da porta da entrada da frente.  Fico com medo e totalmente sem ação. Pela janela de vidro ele me vê e o eu o vejo.  Ele bate na porta com força. Vou até a cozinha pego um pano preto, coloco sobre a mão e com o gesto , faço de conta que estou com uma arma, aponto para ele, porém isso não o intimida, continua esmurrando a porta. Pego o telefone  mostro  que estou chamando a policia, ele não se incomoda, pelo contrário, toma uma distancia e empurra a porta com os pés. 
Amedrontada subo as escadas e chamo pela vizinha. Olho pelas frestas da janela e vejo que ela está com visita.  Falo que estou em perigo, peço para ela avisar para policia. Digo que tem um homem tentando entrar na minha casa. Ela me pergunta como o homem está vestido. Digo que está com o uniforme azul .A vizinha me alerta que o uniforme do correio é camiseta amarela e bermuda azul.
Desço as escadas e vejo meu marido sentado no sofá e o uniforme azul no chão. Ele pede para sentar ao seu lado e me abraça.

Então abrir os olhos e despertei.



Sapatos velhos

 Por Fabiana Louro


Eu vi um sonho assim


Estava em uma casa, no sonho, seria a minha casa e havia uma mulher lá que morava comigo, mas eu não sabia quem era esta pessoa.
Eu recebi a visita de uma amiga que não vejo há mais de 20 anos, nós fizemos artes cênicas juntas, seu nome era Kelly.
Aparentemente, a Kelly dormiu no meu quarto, eu acordei e ao levantar, encontrei um sapato, que era dela, e ele tinha papéis dobrados dentro, eu imaginei que ela usava estes papéis para impedir que sentisse os buracos no solado. O sapato era muito velho e estava muito deteriorado.
Eu descia e falava com essa moça que eu não sei quem é, mas no sonho, parecia ser muito próxima a mim, falei para ela sobre os sapatos da Kelly e disse que lhe daria sapatos.
Pensei que talvez essa minha amiga estivesse tendo problemas muito financeiros sérios e precisava de um apoio, apesar de não dizer nada sobre isso, e dar a ideia para nós de que estava tudo bem.
Quando fui falar com a Kelly, lembrei que tinha uma sacola de sapatos, e acreditei que ela poderia usar o mesmo número.
 
E então eu abri meus olhos e despertei

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Adeus planeta Terra

 Por Fábio Dal Molin

Eu vi um sonho assim

Estamos em plena invasão alienígena e uma tropa de seres esquisitos marcha sobre a Terra controlados por bandeiras azuis e brancas, enfileirados como soldados de um exército bem disciplinado, Fomos invadidos e não há o que fazer.

Subitamente encontro=me em um foguete tripulado e estamos todos sentados na posição vertical. Ouço os motores explodirem e  sinto a a trepidação da decolagem e sinto muito medo, quero voltar para a mãe Terra mas a gravidade vai sendo deixada para trás aos poucos e rumo direto ao espaço sideral.

Então eu abri meus olhos e despertei

Tem que ser treze

 Por Fabiana Louro


Eu vi um sonho assim

Estava em um lugar que nunca estive na minha vida, não que eu lembre, pelo menos. E lá o pessoal precisava fazer um trabalho meio artesanal, eu penso. Parecia uns quadrados que confeccionavam e precisavam ser 3 quadrados, com 4 quadrados em cada e faziam uma espécie de dobra, que marcava a divisão de cada um desses quadrados, dentro do quadrado maior. E eles diziam, precisa dar 13. E eu dizia, mas isso é impossível, pois se só pode ser 3 e cada um tem que ter 4, então vai dar 12.
Mas uma voz, que eu não via quem era, só a escutava, dizia: "Tem que ser 13"

De repente, estava caminhando pelo que parecia ser um dos acessos para a entrada da Aclimação, que sai da 23 de Maio. E de repente eu vejo um pessoal com bandeiras verde e amarela, fazendo um tipo de fechamento de um cruzamento, para apoiar o governo.

Eu passei e comecei a gritar, eu não lembro que roupa eu estava, mas naquele momento eu percebi que minha camisa era vermelha e as palavras saíram assim: "Lula Livre"

Eles começaram a me xingar e jogar papéis na minha direção. Então eu fui gritar ainda mais alto: "Fora Bolsonaro", minha voz engasgou, pois eu já estava gritando antes, mas na segunda vez saiu alto e bem sonoro, nunca tinha conseguido isso, fez até um eco.
 
E então eu abri meus olhos e despertei

Bia, episódios I e II

 Por Fabiana Louro


Eu vi um sonho assim

A Bia aparecia de repente e chegava acompanhada de uma prima minha, eu estava trabalhando, e era um lugar que realmente trabalhei há mais de 10 anos.
Eu fiquei muito surpresa em vê-la ali, queria lhe dar atenção, mas não conseguia.
De repente, estávamos no bairro onde eu nasci, na rua mesmo, em frente a estação de metrô. Minha prima continuava acompanhando a Bia,  e eu continuava trabalhando, mas não conseguia me concentrar, pois queria falar com ela.
E todo o trabalho agora, era por chamadas de vídeo e áudio e no whatsapp.
Em determinado momento, estava em um grupo, que pelo que entendi, era meu e dela, era um curso que promovemos juntas, eu acho. Eu me perdi nas falas, caminhava até ela, pois estávamos na rua, e lhe dizia: "Eu não estou conseguindo continuar, tudo que eu tinha pra dizer desapareceu."

E eu já precisava ir para outro encontro (online, também) e foi tudo uma tragédia, tudo dava errado, eu fechei uma chamada que não era para fechar e então eu fiquei desesperada, pois não conseguia achar o contato para pedir desculpas.

Eu estava ali, com o celular na mão, suava frio e desesperada, deslizando o dedo pela tela, descendo e subindo contatos e tinha desaparecido o que eu precisava. Eu estava apavorada.

A Bia e minha prima saíram do local em que estávamos, e eu estava resolvendo coisas relativas ao trabalho ainda, e fui atrás delas depois.

Cheguei em uma casa, que parecia ser minha e de minha prima, vi minha prima, mas havia uma loira saindo do banheiro, ela enxugava os cabelos, e era alguém (que eu não conheço) que teria ido passar uns dias em São Paulo, e no sonho eu que tinha convidado essa moça para ficar em casa. Ela ia dormir no meu quarto.
Mas eu só queria saber sobre a Bia e minha prima me respondeu que ela tinha ido embora e eu fiquei mais agitada, pensando que ela poderia estar zangada comigo, não só pela falta de atenção, mas também pela loira que estava em casa.
E foi aí que acordei e logo adormeci novamente.

Na segunda parte, eu encontrei uma carta da Bia, dizendo a razão pela qual precisou partir.

Ela dizia que precisava ir para os EUA, ia trabalhar lá, mas queria se despedir de mim, havia ficado assustada com o volume enorme de trabalho que eu tinha e me disse que agora entendia o quanto eu gostava dela, pois apesar de tudo isso, sempre tinha tempo para lhe escrever.
 
E então eu abri meus olhos e acordei.

PS: Havia mais coisas na carta, mas eu realmente não me recordo.
Bia realmente existe e mora no México, mas nunca veio para o Brasil, mas no dia anterior ela me mandou fotos de seu passeio a uma cidade dos EUA, pois ela mora na divisa, próximo a San Diego.
Sobre esta prima nunca mais a vi. Ela mudou-se para Santos, há pelo menos uns 10 anos e seu nome é Paula.
Quando conheci a Bia, ela me contou uma história sobre uma pessoa chamada Paula, que mora na Argentina. 

Afago

 Por Glória Gean

Eu vi um sonho assim


Minha mãe estava cortando meus cabelos, começou cortando o lado direito. Olhei no espelho e percebi que ela estava deixando as pontas muito retas. Avisei que meu cabelo estava com o corte degrade, então peço pra ela seguir esse modelo. Enquanto ela corta vou falando como as pessoas comentam que  nossos cabelos são bonitos(os meus e das minhas irmãs), principalmente da A.(minha irmã caçula). Minha mãe concorda, diz que ela tem os cabelos lindos.
Quando minha mãe terminou, olhei no espelho e achei meio curto, mas gostei. Pedi pra ela cortar minha franja. Ela sorriu e disse: 
-Você gosta de um franjão, né?".

Então abri os olhos e despertei

Passgeiro da Agonia

Por Glória Gean

Eu vi um sonho assim

Entrava em uma igreja escura, estava lotada de fiéis, procurava um lugar pra sentar e percebi que os bancos eram poltronas pretas.Achei uma vazia, quando fui sentar me avisaram que já estava reservada. Fui para o outro lado, sentei em uma, mas ela estava muito próxima do corredor, quando as pessoas passavam eu tinha que me espremer e levantar os pés. Sai dali, fui procurar outro lugar, encontrei uma poltrona que tinha um assento rasgado, a espuma estava exposta. Finalmente consegui achar uma mais próxima do altar. Num lampejo da memória, lembrei que tinha intervisão justamente naquele horário (19:30). Tentei falar com M, minha dupla, mas não estava conseguindo. Sai da igreja para tentar ligar, porém não obtive sucesso. Entrei na igreja novamente com intuito de falar com M por meio de mensagens no Whatsspp, entrou uma propaganda no celular de um desenho, parecia o pateta com a voz alta e estridente. As pessoas faziam "psiu" e pediam silêncio, fiquei tensa pois não conseguia eliminar a propaganda e nem desligar o celular. Fui sentar no fundo da igreja na tentativa de falar com M. para me desculpar e saber se ela teve dificuldade de acessar o google meet.  Hesitei, lembrei que estava dentro  de uma igreja e não poderia manusear o celular.

Então abrir o olhos e despertei

Gloria Gean

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Irmãos mais velhos

por Flavia Haze

Eu vi um sonho assim

Estava no Senai de Osasco com meus irmãos e uns amigos, quando meu irmão começou a brigar com a minha irmã porque ela estava usando uma calça dele. "É calça de eu ir pra escola", ele disse, mas minha irmã saiu correndo e não queria devolver, então ele se aproximou dela e eles começaram a brigar. Eu disse pra eles que se eles não parassem, eu iria embora e não falaria mais com eles. Então eu saí desse lugar que estávamos (que era o refeitório) e fui onde tinha uns jardins, mas no caminho percebi que tinha esquecido minha mochila, então voltei pra pegar, mas o refeitório tinha se transformado em um ginásio e esse ginásio ela um parque de diversões, lotou de gente e eu não conseguia achar minha mochila. Entrei em desespero e comecei a chorar, pois meus irmãos tinham ido embora sem mim e todo meu dinheiro tava na minha mochila. Tentaram me ajudar a procurar, mas sem sucesso. Então fui lá fora, o Senai se transformou num castelo e pra entrar tinham uns degraus, sentei neles e fiquei triste lá, aparecerem umas amigas tentando me confortar e uma delas era a Raellen, menina que eu estudei no fundamenteal, ela me ofereceu um chocolate (aquele de nutella), eu comi e falei pra elas: "eu só queria que meus irmãos me amassem..." e mais algumas coisas que eu não lembro.


Então abri meus olhos e despertei