terça-feira, 29 de setembro de 2020

Noite no Bairro

Por Jéssica Cantos


Eu vi um sonho assim:


Caminho de mãos dadas com meu namorado por uma rua do nosso bairro a noite, ao cruzarmos uma esquina ele encontra um amigo de longa data e começam uma conversa animada, quando de repente o amigo grita aflito: cuidado! E logo se atira no chão, meu namorado faz o mesmo movimento e me empurra para que eu deite ao seu lado, me protegendo com o braço sobre meu rosto. Em seguida escuto o som alto e próximo de muitos disparos de arma de fogo. Penso que deve ser uma perseguição e assalto. Sinto muito medo mas me mantenho imóvel no chão. Assim que o som dos tiros encerra eu olho ao nosso lado e vejo algumas pessoas mortas muito próximo da gente. Concluo que havia acontecido uma execução de um grupo de pessoas específicas por isso estávamos vivos. 

Quando nos levantamos eu observo uma mulher morta e muito sangue escorrendo do seu corpo. Ao seu lado uma criança viva que parecia ter por volta de cinco anos com o sangue da mãe respingado no seu rosto. Agarrada ao braço da mãe com toda sua força a criança me olha com um semblante triste, não diz uma palavra sequer mas me sinto julgada por ela, como se a responsabilidade pela sua desgraça fosse minha. De repente estou em um hospital de campanha com muitas pessoas feridas e caminho entre as pessoas procurando meu namorado. Só consigo pensar no quanto quero ir logo para casa descansar. Encontro meu namorado e ele diz que vai ficar ajudando com os feridos por conta de ter formação como socorrista. Um misto de decepção e orgulho tomam conta de mim.

Então eu abri os meus olhos e despertei.

 

sábado, 19 de setembro de 2020

A semente do feitiço

 

                                                                                         Por Fabiana Louro

Eu vi um sonho assim... 


 Numa primeira cena, eu estava indo dormir, quando o Victor me chama e diz para que eu deixe o "pente" das cachorrinhas fácil de achar.
A cena muda e apareço com uma colega da universidade e ela estava muito afoita, falava rápido, olhos muito arregalados e dizia:
Eu encontrei um namorado.
Agora preciso fazer um feitiço, e mostrava uma planta, que ao abrir o caule, tinha uma espécie de semente fina e comprida, que ela dizia que faria com que soubesse tudo que a pessoa fazia, o tempo todo.
Eu respondia que aquilo tudo era medo, que ela não precisava de feitiço nenhum, que ela estava paranóica e precisava mesmo era de terapia.
Eu saí daquela sala onde nos falávamos e ela gritava dizendo que não podia, que precisava dele, que precisava saber de tudo. O rosto estava transtornado, mas eu apenas deixava a sala. 

Então eu abri meus olhos e despertei

Sonho 1

                                                                        Por Eliziane Soares

Eu vi um sonho assim

No meu sonho eu me casava com um amigo. Numa casa no topo de uma montanha. Numa casa.linda. eu estava de noiva e muito feliz. 

Os pais do meu noivo np sonho me chamaram pra dar.uma volta. Eles eram alienigenas que queriam.implantar um inseto (bem a la matrix) pra.controle mental e descobriram que eu na verdade era imune. 
Voltamos pro casamento meu marido na realidade estava la muito feliz e meus filhos tbm. 
Ao lado havia varias montanhas. Como aquela onde a tal casa estava. Em um certo momento olhei pela janela e a montanha ao lado desabou. Corri abraçar meus filhos e meio que "despertei" porem foi como se a cena.voltasse a.montanha inteira novamente porem eu sabia que em.alguns momentos ela.ia desabar. Agarrei meus filhos e a.montanha desabou.
 

 Então eu abri meus olhos e despertei

O mundo formatado em branco

                                                                                                Por Fábio Dal Molin

Eu vi um sonho assim

Eu estava na casa de minha mãe, na rua Fabrício Pilar e tudo estava como sempre foi, a rua de parlelepípedos, as casas floridas da vizinhança e o sobrado branco e verde de dois andares onde vivi 28 anos de minha vida.

Era um domingo ensolarado e havia movimento, familia, churrasco, televisão;

Eu saí da casa tudo havia se transformado em imensas paredes brancas quadriculadas, branco sobre branco, a rua, as calçadas, tudo parecia ter sido formatado e transformado em alvenaria branca; Não havia mais jardins nem flores nem pássaros nem vento

No meio de tudo haviam guardas armados, vestidos de preto.

Então eu abri meus olhos e despertei


sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Persiana

                                                                                                      Por Ju Blasina

Eu vi um sonho assim

sonhei que estava presa à condição de cortina. de juliana à persiana de escritório, daquelas verticais, feitas de bandas acrílicas e correntes finas (azul. igual a que cobria a janela imensa do meu quarto no apartamento em que vivíamos quando Dimi nasceu). o sonho envolvia um botão secreto levianamente acionado por minha eu-humana num elevador de serviço. depois um tempo incontável passado na condição estática de cortina. duas horas, trinta anos. então me desmontam empoeirada e me levam para a manutenção. e lá estou eu-cortina deitada no ombro de um homem de uniforme branco, no mesmo elevador de antes. alcanço o painel de controle com minha visão leitosa (eu diria embaçada, mas veio a palavra leitosa no pensamento-sonho pra descrever a visão que eu tinha). o esforço e a agonia de tentar mover a matéria inorgânica do meu corpo coisificado, uma banda de tecido se erguendo um milímetro, eu sei, mas não sinto, feito um braço quando se dorme muito tempo por cima e se move, um pedaço de tecido mole, morto, erguido num movimento lerdo, sem precisão. minha consciência inteira concentrada na missão de erguer um pedaço de corpo-tecido, tocar com ele o botão certo, um que me devolva à condição humana. uma banda de cortina tomando distância do homem que me carrega, puxando consigo outras bandas a que se atrela. a cena se passa no espelho do elevador, o homem de costas não percebe nada. estou quase lá, quase lá, quando ouço o apito 'plim' e a porta se abre no térreo.

Então eu abri meus olhos e despertei

O telefone da psicina

                                                                                                            Por Fabiana Louro


Eu vi um sonho assim 


Eu estava muito cansada e ia para uma casa, com uma piscina linda, dentro da Piscina havia um homem, eu tenho impressão que o conhecia. Nadava até o meio da piscina, na parte mais funda dela, havia um telefone em uma das paredes e eu o pegava e ligava pra minha mãe, pra dizer que precisava ir lá, só que acabo falando com um filho que não era meu, enquanto eu tentava falar, a água ia se mexendo e invadindo o telefone e entrando pela minha boca, obrigando-me a desligar. Fico um pouco ali e logo saio da água.

A cena muda e estou deitava num sofá na casa de uma paciente e o marido dela passava e eu pensava, que que eu tô fazendo? Senta direito!!!!
Eu tentava sentar, mas tava muito cansada, meu corpo quase não ficava em pé, meus olhos pareciam como grandes bolsões cheios de areia, não conseguia mantê-los abertos.
Fazia um grande esforço, pois eu tinha que estar lá.
Ela (minha paciente) descia uma grande escadaria, e conforme ela descia, eu perguntava como estava o queixo dela, ela estava com uma espinha enorme há dias.
Ela me dizia que tentou tirar, mas doía demais e não conseguiu, tinha melhorado, mas agora estava gigante e doía muito. No seu queixo, via-se um grande curativo que saltava aos olhos.
Ela move o curativo pra eu ver e eu falo pra ela ir no dentista (?????)
Tento pensar em alguma outra coisa, mas estou cansada demais, mas acabo falando para que ela vá no postinho de saúde. Imediatamente ela lembra de um postinho em São Caetano, que poderia lancetar e tirar aquilo ali.
Eu olho aquilo e quero muito tentar tirar, eu quero muito apertar aquilo, meu cansaço some.

Então eu abri meus olhos e despertei

Sonho 1

                                                                                                                             Por Ariane Santellano



Eu vi um sonho assim:

Eu estava dentro da livraria cultura com alguns colegas do mestrado. Provavelmente era o lançamento de algum livro. De repente, eu saio da livraria e fico do lado de fora conversando com uma colega. Percebemos uma agitação dentro da livraria. Eu paro na porta, ainda do lado de fora, e olho para dentro. Não é mais a livraria cultura. Agora é uma farmácia Panvel. Bolsonaro está lá dentro. Eu comento com quem está por perto de mim, olhando a cena de longe: "Pior que não importa se tirassem ele. Outra pessoa ia fazer o mesmo".

Então eu abri meus olhos e despertei.