terça-feira, 31 de julho de 2018

Asas


Por Jesline Cantos

Eu vi um sonho assim:

Eu estava no meu quarto, sentada na cama, a iluminação do ambiente era bem baixa, mais do que o comum,no entanto, não havia nada de sombrio ali. Meu pai e minha irmã estavam presentes lá, ela estava do meu lado e ele de pé. Eu tinha pequenas asas de borboleta coloridas, de tons azulados e roxos nas minhas costas. Eram pequenas asas. Eu falava para minha irmã que estava muito feliz, pois eu não precisava mais escondê-las e no momento em que eu dizia isso sentia uma alegria tão imensa que inundava todo meu ser.
O tormento de esconder aquelas asas já podia me abandonar. Meu pai saía do quarto e voltava trazendo dois potes de vidro, ao receber eu sabia e dizia que aquele era um ritual muito importante, quis chorar, mas não chorei. Os potes eram o passado e o futuro e eu os segurava cada um em uma mão e olhava para eles com afinco. Assim que fazia isso, minhas asas tornavam-se enormes, eu as via assim, eram asas proporcionais ao meu corpo, começavam da cabeça e iam até os meus pés. Eram lindas, puras e eu voava com muita alegria. 
Então eu abri meus olhos e despertei.



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