Por Fábio Dal Molin
Eu vi um sonho assim
Estou sentado na poltrona de um avião
e ele está chegando em Porto Alegre, não sei de onde venho, apenas
que odeio voar nessas máquinas anacrônicas e explosivas. As
manobras de aterrissagem iniciam, estou sentado na janela próxima a
turbina e noto que a aeronave não se aproxima do aeroporto, e
sobrevoa o centro da cidade entre as colunas do viaduto da conceição
entre a Volintários da Pátria e a Rodoviária, O viaduto parece um
emaranhado de colunas e asfalto. O avião arremete e retorna ao ar, e
um silêncio mortal impera no rádio, não há tripulação e nenhum
tipo de comunicação com os passageiros.
O avião dá voltas e voltas e tenho
lampejos de visão da cabine e posso ouvir os pilotos falando em
pouso forçado. Eu penso “como vamos pousar aqui? O avião deve
estar sem combustível ou o não há lugar para pousar, Estou na
janela e próximo a turbina.
Não há nenhuma explicação da
tripulação.
Eu fantasio que vou morrer e que essa é
uma maneira ridícula e estúpida, tenho visões do acidente aéreo e
da turbina explodindo ao meu lado. O sentimento de morte inunda o
sonho como o ar pressurizado.
O avião está cada vez mais próximo
do emaranhado do túnel da conceição;
“Que irônico um avião descer na
rodoviária” é a ideia ridícula que passa na minha cabeça.
Por fim pousamos na saída do Tunel em
frente a rodoviária.Antes de descer converso um pouco com dois
homens sentados ao meu lado que parecem entender de aviação, eles
usam uniformes militares. Eles tentam explicar o que aconteceu e a
total incompetência do piloto.
Após descer do avião me dirijo ao
setor de desembarque da rodoviaria, que parece um setor de embarque
do aeroporto para procurar minha mãe que estava no mesmo vôo.
Ali está ela sentada me esperando.
Então eu abri meus olhos e despertei
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