sábado, 1 de agosto de 2020

As duas mães

                                                                                                                                     Por Fabiana Louro

Eu vi um sonho assim

Sonhei que minha mãe se dividia em duas pessoas, uma delas era a mãe boa, agradável, dócil e sã; a outra era a mãe enlouquecida, que falava coisas incoerentes, vagava pelas ruas.
A boa estava de azul e a enlouquecida estava toda de branco. Eu saia a procura da mãe que enlouqueceu.
Procurava por algumas ruas, até que cheguei a uma rua, com bancos na travessia, como aquelas ruas que tem no litoral de São Paulo, são fechadas para carros, só podem passar pessoas, e no meio, tem bancos para sentarmos.
Ela estava por ali. Tinha outras pessoas, via uma menina, que a princípio achei conhecer, e pensei: "Ela também enlouqueceu". Ela desaparecia, entrando em uma casa.
Ao meu lado, de repente, havia uma médica e enfermeiros. E dai encontramos minha mãe e fui com eles até este lugar, que parecia uma clínica.
Já na clínica, na cadeira ainda, os enfermeiros continham a minha mãe, estendendo seu braço e lhe aplicando uma injeção.
Na cadeira da médica, um pouco diferente, parecia perturbada, também havia enfermeiros contendo-a e lhe aplicando uma injeção, por meio do cantinho do seu olho.
E ela dizia: Eu esperava fazer esse trabalho sem enlouquecer, mas não foi possível.
Assim o medicamento entrava e ela parecia se restabelecer.

Então eu abri meus olhos e despe
rtei

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