sexta-feira, 7 de maio de 2021

A personificação do medo


                                                                                         Por Raul Rojo Almeida

Eu vi um sonho assim

Um amigo me passa o contato de duas pessoas e fala pra conversar com elas. O primeiro era um cara ruivo, alegre e simpático que chamei de Erick. Ao encontrá-lo, em algum momento eu corto a cabeça dele e me livro do corpo. A segunda era uma mulher que parecia ter saído do mundo de fantasia, uma dríade de pele branca e cabelos verdes, magrela e com roupas marrons. Conversamos e ficamos juntos em um quarto de hotel por dias conversando, e de repente percebo que também cortei sua cabeça.

Chego em casa e todos estão em luto, tristes. Meu irmão me confronta e diz que matei "nossa irmã". Várias vezes ele tenta me fazer admitir, então começo a sentir a culpa e o remorso. Até que começamos a brigar fisicamente, ninguém se machuca, mas começo a chorar. Meu pai vem ver a situação e explico gritando, ele fica do lado do meu irmão.

Então decido ir embora de casa e vou tomar banho no chuveiro da lavanderia, o ponto mais isolado da casa. Passo pela cozinha e vejo minha mãe lavando louça, olhando fixamente para parede. Peço perdão, chorando, mas ela não me ouve. Atravesso a lavanderia e entro no banheiro, do lado direito vejo a cabeça da "nossa irmã", uma mulher loira de rabo de cavalo, tomo um grande susto e volto. Começo a tomar banho de torneira, na água gelada do tanque. Me seco e boto uma roupa quente pra sair na rua.

Olho pela janela do 7º andar e vejo um monstro humanoide, com cabeça de cone e roupas bufantes, andando de costas pra direita, ele tinha uns 5 andares de altura. Quando encaro aquela criatura, totalmente branca, ela vira bruscamente e me encara nos olhos com raiva e ódio. Então joga em mim, de uma forma quase pra entregar e não atingir, um boneco de pelúcia branco que parecia um voodoo, mas com a cabeça do cogumelo verde do Mário. Paralisado, vejo isso acertando a lateral da janela, atingindo todo andar e caindo pro chão. A criatura se vira de volta e se perde na noite.

Olho ao redor da vizinhança e vejo muitas crianças nas janelas e sacadas, que encaravam onde ele estava. Então seus pais chegam pra trazê-las pra dentro, confusos.

Só as crianças, e eu, viram.

Então eu abri meus olhos e desperte

Nenhum comentário:

Postar um comentário