sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O Caleb da discórdia

 O Caleb da Discórdia

Por Fabiana Louro


Eu vi um sonho assim...


Um paciente me pediu para conversar com algumas pessoas, sobre a possibilidade de tratar um tema social na Live da LAPP (Liga Acadêmica de Psicanálise e Psicopatologia da Uninove) e eu respondi positivamente.

Já no encontro, estávamos todos em um ambiente estranho para mim, parecia um salão, talvez, mas havia salas anexas onde poderíamos conversar em particular. Em uma dessas salas, fiquei com três casais, ou assim eu os identifiquei, devido a proximidade dos pares.

O ambiente mudou, mas as pessoas não, agora estávamos todos sentados em uma grande mesa e parecia que era a casa de alguém, era possível ver uma cozinha americana na frente de onde eu estava sentada. A geladeira era azul e agora escrevendo, lembro que na minha infância, tínhamos uma geladeira consul azul (rs).

Um dos rapazes se chamava Caleb e ele foi o que falou mais e apesar de não lembrar de nada do que disse, lembro que a conversa fluía muito bem, até que não me lembro o porque, mas eu comecei a falar sobre coisas que eu ainda precisava fazer na vida e uma dessas, que eu ainda me lembro era que eu precisava conhecer a terra dos hebreus, e no próprio sonho, corrigi falando de Israel.

Uma das moças me disse: "Isso você não precisa fazer, é total desperdício!" Seu olhar era de desprezo e eu julguei que sua fala foi bem pejorativa.

O Caleb também começou a falar alguma coisa e eu retruquei: Minha avó e Judia, é bem possível entender porque isso está na minha lista e continuei com uma reprovação severa a eles: "Isso me parece um pouco antissemitismo".

Tomei novamente a palavra e falei que não tinha nada contra os Judeus apesar de alguns terem apoiado o Bolsonaro.E foi nesta parte que ambos disseram: "Mas isso isso, até foi bom (ou tudo bem, eu realmente não me recordo como foi a frase deles, mas era como se aprovasse).

Então eu fiquei muito, muito irada e disse: "Eu não acredito, além de antissemitas vocês são Bolsonaristas?" Saí sem nem esperar resposta, e então estava naquele salão e entrei em uma das salas, havia algumas mulheres ali e me perguntaram porque eu estava daquela forma. Eu bufava e andava de um lado para o outro. Contei a história, mas sentei em uma mesinha e criei o evento no Even, sobre a live que justificou minha ida ali.

De repente eu vejo uma mensagem no WhatsApp, o meu paciente desmarcar a sessão e escreve que eu poderia ter falado o que quisesse dele, mas ele não ia admitir que eu desrespeitasse o Caleb.

Não me recordo como respondi, mas fui objetiva, porém, neste ponto eu era como um observador onisciente e o vi conversar com aquele mesmo grupo e meu paciente dizia: "Eu detesto falar com uma pessoa adulta discutindo picuinhas (ou algo assim, o que eu entendi, é que ele achava que aquilo tinha virado uma espécie de fofoca que causas discórdias) e continuava andando de um lado para o outro, parecendo aborrecido.

Então eu abri meus olhos e despertei

Nenhum comentário:

Postar um comentário