sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O morto que não era o morto e o professor que não era o professor (Mas no fim não fui reprovado e isso é o que importa!)

 Por André Luís Corrêa da Silva



Eu vi um sonho assim

Eu estava dentro de um ônibus, sentado na frente e num daqueles bancos em que é possível olhar para todos os que estão sentados nos bancos de trás. Eu fiquei olhando por um bom tempo para alguém sentado no banco imediatamente atrás do meu, fiquei tão surpreso e tão preso na imagem que o colega do meu lado lançou um olhar estranho, percebi o movimento dele, mas não fui eu quem respondeu a esse movimento e sim o alvo do meu olhar. Ele lançou um olhar debochado e apontou o dedo dizendo: “ele está imaginando que eu sou o amigo dele que morreu”. De fato, ele era idêntico em tudo, num primeiro momento a um amigo falecido faz algum tempo, mas depois que ele falou sua imagem alterou-se para o de algum outro conhecido (essa mudança não alterou muito a imagem, apenas o suficiente para que eu acreditasse que de fato não era ele). O colega do meu lado é um colega de trabalho e também colega em um curso de extensão da UFSC. Eu sei que estávamos no ônibus indo para uma atividade de campo do nosso curso do Lexparte. A conversa do ônibus não se desenrolou da melhor forma, pois, após a fala que pareceu um deboche do rapaz com aparência de meu amigo morto. Lembro de ter respondido: “de fato tu não é ele, mas já que são tão parecidos, podia ter sido tu a ter morrido”! Ele não gostou e ficou irado com a minha fala, o olhar de repreensão do meu colega do lado me fez pedir desculpas e estender a mão que foi prontamente recusada pelo rapaz (agora com a aparência definitivamente alterada para um colega provavelmente da minha primeira graduação em História). Minha preocupação mudou com a recusa dele e me dei conta que estávamos chegando ao local e fiquei inquieto ao não lembrar de ter realizado a tarefa que era para ser entregue nesse encontro. Isso me deixou muito incomodado e ansioso, perguntei ao colega do lado se ele havia realizado, ele respondeu que sim, não da forma que gostaria, mas realizou. Eu criei uma desculpa, embora, soubesse que havia procrastinado a realização e sustentei até para mim. Lembro que saímos do ônibus e eu esperava encontrar o professor e argumentar minhas desculpas pelo atraso. Estava escuro, a impressão é que chegamos no final da tarde e o local era uma fonte, dessas ornamentais no meio de uma praça. O professor estava sobre os degraus de frente para a fonte e cercado pelos alunos e alunas. Interessante que eu esperava ver o professor Fábio, mas estava vendo como professor, o ex-técnico do Grêmio, o Renato. Aquilo me causou certo espanto, mas não questionei que ele era o professor e fui conversar para protelar a entrega do trabalho, o que foi prontamente aceito.

Então eu abri meus olhos e despertei

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