quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Sonho 1

Por Artur Tavares

Eu vi um sonho assim

Tudo começa em um saguão de entrada, relativamente estreito e o pé-direito é alto (uma característica comum a todos os ambientes). Me encontro numa mansão, algo parecido com os casarões europeus do século XVIII ou XIX, lembrando aqueles corredores com uma infinidade de portas levando a cômodos diferentes. Do lado direito há uma escadaria que leva ao segundo andar, com uma espécie de sacada, as paredes possuem um papel de parede vermelho vinho de estética barroca e são repletas de quadros com pinturas do mesmo estilo. O saguão não possui muita iluminação, então tudo é um pouco escuro e o clima está frio.


Chegando ao segundo andar, há dois caminhos, uma porta a esquerda seguindo a estética do saguão, ela parece ser menor do que uma porta convencional, tendo que me abaixar para atravessar. O outro caminho está a frente, é uma porta dupla que parecia ser branca, mais larga do que o normal e poderia ter 7 ou 8 metros de altura chegando até o teto. 

Por algum motivo, começo a correr pelo segundo andar levado por um sentimento de desespero e pânico. Saio de uma porta para entrar na outra, diversas vezes.

Ao entrar pela porta da branca, chama a atenção clarabóias com o formato do número zero (0) e essa forma é simétrica ao chão, pois no andar inferior é possível ver um jardim de inverno bastante denso, parecendo até uma floresta. O salão é vasto em seu comprimento e altura, porém não é tão largo. As são compostas de pilares que remetem aos templos gregos, são feitos de mármore e acompanham o padrão de três clarabóias e átrios do jardim de inverno abaixo. Vejo que do lado de fora o céu está nublado e posso ouvir o vento uivando suavemente.

Ao sair do salão branco e entrar pela porta pequena e vermelha, noto que o quarto segue o estilo barroco do saguão, entretanto de uma maneira mais extravagante. As paredes são do mesmo tom de vermelho mas possuem em alto relevo, adornos em rococó dourado. Imediatamente a esquerda há uma estátua de mármore branca, que nunca pude ver detalhes dela e tudo o que sabia sobre era o seu nome, que também não estava escrito em lugar algum. O nome da estátua era "O som de se cortar os pulsos" e vinha a mente toda a vez que passava por ela. 
A direita há uma grande mesa de jantar, feita de madeira escura e muito bem polida, que havia sido empurrada para a parede do lado da porta de entrada, tornando muito mais difícil algumas pessoas de se sentarem a mesa daquele lado.
A frente há uma grande vidraça que observa um salão; que deveria ser um segundo jardim de inverno, de proporções semelhantes ao átrio branco, porém num estado decrépito, parecendo um grande buraco de terra com algumas plantas e apenas uma clarabóia estreita e perpendicular ao comprimento da sala, se entendendo por toda a largura da sala, sendo a única fonte de luz do cômodo e com o mesmo céu nublado do lado de fora. Devido a iluminação insuficiente, o fundo do salão é totalmente escuro e um pouco assustador. 

Cada ambiente trazia um sentimento diferente, o átrio simétrico era calmo e repleto de vida. Diametralmente oposto está o salão decrépito. Acredito que o sentimento de desespero e pânico que me fazia correr freneticamente emanava daquela sala.

E então abri meus olhos e despertei.

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