Por Patrícia Fagundes
Eu vi um sonho assim
Estou em uma praia muito parecida com uma praia que visitei no ano de 2017 no Espírito Santo: a Praia da Concha. Era um fim de tarde e no sonho éramos três pessoas: meu namorado, eu e uma arqueóloga que guiava nosso passeio. Ela nos mostrava uma quantidade imensa de ossadas que foram descobertas nesta praia. Não se sabia ao certo o porquê daqueles ossos estarem ali, apenas que havia se tornado um Patrimônio Histórico. A sensação era de angústia por não saber a procedência daqueles ossos que um dia haviam sido contornados por carne, dando corpo a tantas vidas. Ainda que tomada por um mal estar, havia uma brisa fresca balançando meus cabelos e o sol levemente alaranjado a se pôr no céu. Vendo a cena de fora, a imagem da arqueóloga se confundia com a minha. Afinal, quem era eu em meio aos ossos?
Então eu abri meus olhos e despertei.
"Morrer ou dormir, dormir, talvez sonhar" e "somos feitos da mesma matéria que nossos sonhos" diz William Shakespeare em "Hamlet' e "A tempestade". Não sabemos nem nunca saberemos exatamente o que é o sonho e nem mesmo com exatidão o que sonhamos, mas o sonho, com suas vicissitudes e sua palheta caótica de alucinações e delírios é algo que produz, perturba, inquieta. E você, é um (a) sonhador(a)? Envie seu sonho para lexpartelab@gmail.com
sexta-feira, 12 de março de 2021
Na Praia dos Ossos ou na Ponta da Praia?
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