Por Isadora Garcia
Eu vi um sonho assim
Estava junto com a Karol Conká, e ela me convidou para visitar um prédio novo, que ficava em um bairro nobre, era uma espécie de hotel. Esse hotel era muito caro e chique, e somente pessoas ricas poderiam visitá-lo.
O funcionamento do hotel era o seguinte: em cada quarto do hotel havia hospedado um jovem periférico, negros na maior parte, e o rico podia pagar para dar lição de moral nele, lançar qualquer discurso que quisesse. Muitos diziam para eles pararem de ser bandido.
Para os ricos, era uma forma de eles sentirem que estavam fazendo o bem, de se gabarem em sua soberba e sentirem que estavam fazendo caridade, ou apenas destilar seu ódio racista e seu desprezo de classe.
Já os jovens aceitavam o emprego pois precisavam do dinheiro para ajudar a família, e ouviam cada discurso dos brancos ricos com um olhar que parecia vazio, mas não era um olhar conformado. O olhar escondia raiva e indignação.
Então eu abri meus olhos e despertei
"Morrer ou dormir, dormir, talvez sonhar" e "somos feitos da mesma matéria que nossos sonhos" diz William Shakespeare em "Hamlet' e "A tempestade". Não sabemos nem nunca saberemos exatamente o que é o sonho e nem mesmo com exatidão o que sonhamos, mas o sonho, com suas vicissitudes e sua palheta caótica de alucinações e delírios é algo que produz, perturba, inquieta. E você, é um (a) sonhador(a)? Envie seu sonho para lexpartelab@gmail.com
sexta-feira, 12 de março de 2021
Um sonho de classes
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