Por Fábio Dal Molin
Eu vi um sonho assim
Estou na sessão de frutas e verduras
do supermercado e vejo um sujeito sentado em uma banqueta no lugar
onde está a balança. De inicio o avisto apenas com o canto do olho.
Vejo um cabelo preto e uma estrutura física longilínea. “É meu
tio Carlos Alfredo, falecido há alguns anos por câncer e professor
universitário” penso “é Fernando, amigo de minha madrinha,
também professor”. Agora consigo enxergar o sujeito que é magro,
quase dois metros, óculos de aro grosso e cavanhaque longo, usando
uma calça jeans e um blusão de lã marrom.
Lucio, Fernando, Luciofernando
Ele diz seu nome “Eu sou Lúcifer”.
Veio a imagem do romance “Memnoch” de Anne Rice, no qual o
vampiro Lestat encontra do diabo, e ele aparece como um sujeito
absolutamente normal, um homem padrão, até mesmo difícil de
descrever.
Eu não o vejo mais e encontro uma
mulher de cabelos loiros e crespos e fazemos compras no supermercado.
Eu a levo para a casa da minha mãe onde está toda a minha família.
Eu sinto uma certa vergonha dela e ela mesma aponta para minha
aliança no dedo. Ela está deitada dormindo no sofá e posso ver
hematomas em suas pernas.
Eu tento ir embora e leva-la junto
comigo mas ela não quer sair.
Eu retorno para a sessão de frutas e
verduras e essa mulher se divide em duas. Uma delas é velha e exibe
muitas plásticas do rosto.
Eu penso em Lúcifer
Então eu abri meus olhos e despertei
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