sexta-feira, 19 de junho de 2020

Ave Lúcifer


Por Fábio Dal Molin



Eu vi um sonho assim

Estou na sessão de frutas e verduras do supermercado e vejo um sujeito sentado em uma banqueta no lugar onde está a balança. De inicio o avisto apenas com o canto do olho. Vejo um cabelo preto e uma estrutura física longilínea. “É meu tio Carlos Alfredo, falecido há alguns anos por câncer e professor universitário” penso “é Fernando, amigo de minha madrinha, também professor”. Agora consigo enxergar o sujeito que é magro, quase dois metros, óculos de aro grosso e cavanhaque longo, usando uma calça jeans e um blusão de lã marrom.
Lucio, Fernando, Luciofernando
Ele diz seu nome “Eu sou Lúcifer”. Veio a imagem do romance “Memnoch” de Anne Rice, no qual o vampiro Lestat encontra do diabo, e ele aparece como um sujeito absolutamente normal, um homem padrão, até mesmo difícil de descrever.
Eu não o vejo mais e encontro uma mulher de cabelos loiros e crespos e fazemos compras no supermercado. Eu a levo para a casa da minha mãe onde está toda a minha família. Eu sinto uma certa vergonha dela e ela mesma aponta para minha aliança no dedo. Ela está deitada dormindo no sofá e posso ver hematomas em suas pernas.
Eu tento ir embora e leva-la junto comigo mas ela não quer sair.
Eu retorno para a sessão de frutas e verduras e essa mulher se divide em duas. Uma delas é velha e exibe muitas plásticas do rosto.
Eu penso em Lúcifer
Então eu abri meus olhos e despertei



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