Eu vi um sonho assim
Estou na casa de minha mãe e, pelas
pedras da calçada e os paralelepípedos da rua o tempo é o da Porto
Alegre da minha infância.
Não sei ao certo quem está comigo
ali, mas sinto a presença de minha mãe e de meus primos e primas.
Poderia muito bem ser uma tarde preguiçosa de domingo depois do
churrasco.Nessas tardes lembro do sol amarelo escuro do inverno e
ficava torcendo para que a noite não viesse que que fosse sempre
quatro da tarde, a hora mágica quando eu meu pai me convidava para
irmos ao campo ver o Inter e eu ficava em transe vendo aquele estádio
imenso e suas pombas voando entre as marquises.
Era nessa hora, mas meu pai não
estava e eu e não sei mais quem caminhamos até o meu colégio que
ficava há duas quadras dali. A Escola Estadual de Primeiro Grau
Visconde de Pelotas era um pavilhão azul de madeira que ficava ao
lado de uma espécie de platô, um mato em elevação que chamávamos
de “morrinho” e lá brincávamos de aventura e fazíamos guerra
com dardos extraídos de um capim selvagem,
O prédio da escola não existia mais e
o morrinho parecia uma montanha encantada. No terreno da escola agora
havia um rio caudaloso e dourado com um arco-íris sobreposto Na
base da montanha havia um buraco em forma de círculo onde
desembocava uma cascata vinda do céu, e ele tinha uma tampa feita de
pedra que abria e fechava e de repente o arco iris estava na outra
margem do rio.
A imagem era de um esplendor mágico,
de um lado o halo colorido e de outro aquela espécie de caldeirão
em um eterno movimento de báscula,
Então eu abri meus olhos e despertei
Nenhum comentário:
Postar um comentário