quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Os corpos e as roupas de cama

Por Fernanda França 


Eu vi um sonho assim:

Estava em um lugar grande que primeiro me pareceu um hotel. Um quarto enorme com várias camas juntas, então me pareceu um albergue. De lá fomos (eu e quem? Havia alguém comigo) transportados para um auditório. Lá eu fui chamada pelo professor para subir ao palco e mostrar minha atividade. Esse cara eu reconheci como meu primeiro professor de palhaço, da época em que eu era palhaça e fazia cursos. Mas eu não entendi o que era a atividade.

Havia um livro, parecia uma Bíblia, com as letras bem pequenas, mas... Elas estavam todas embaralhadas! Eu tinha que decifrar o que estava escrito ali, desembaralhar e formar frases.

As cortinas se fecharam. Meu professor disse: “Eu vou te ajudar a fazer uma frase”, porque eu não tinha conseguido. Olhava para as palavras e dizia: “Acho que aqui é isso”, “Acho que aqui é aquilo”, mas nada concreto. E havia uma frase ali para mim. Essa mensagem era direcionada a mim, e tinha o meu nome lá!

Lá embaixo, nas cadeiras, as pessoas não conseguiam decifrar as frases delas também e começou um burburinho. Ninguém conseguia decifrar nada. Eu ia pegar o microfone, mas chegou a hora do intervalo.

E fomos transportados novamente para o primeiro quarto grande, mas agora ali havia várias pessoas mortas, pensei, “pessoas mortas”. Em seguida pensei: “são corpos”. Alguns corpos estavam sem cabeça, alguns sem um braço, alguns sem os dois braços. Havia pessoas colocando os corpos deitados nessas camas e a primeira coisa que eu falei para a pessoa que estava comigo foi:

— Meu Deus, ainda bem que a gente está dormindo em outra ala, imagina só as pessoas que estão dormindo aqui? Eles estão colocando as pessoas mortas em cima dos lençóis em que elas vão dormir depois!

Fiquei observando aquelas pessoas (mortas). Eu queria saber o que havia acontecido com elas, quem elas eram.

De lá fomos parar num vestiário, algumas pessoas estavam indo tomar banho e fui andando por todo o espaço. Na volta, passamos novamente pelo quarto e mais gente continuava a recolher os corpos. Mas agora estavam tirando as roupas de cama... e estavam tirando os colchões! Comentei com a pessoa que estava comigo:

— Estão tirando toda a roupa de cama. Mas, e agora, para onde vão levar essas pessoas?

Então abri meus olhos e despertei.


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