quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Sonho em Três Níveis com Pós-Sonho

 Eu tive um sonho assim...

Estava num lugar amplo e muito claro. Uma amiga que encontro vez ou outra está deitada em um tipo de espreguiçadeira. Pergunto a ela: “Soube que você está dando consultas de astrologia?” – mas eu sabia que ela nunca tinha estudado nada de astrologia, então meu tom era de surpresa desconfiada. Ela me responde:”- Ah, sim... São consultas superficiais.” Penso que não poderia ter esperado outra resposta e dou de ombros, me dirigindo para fora do lugar.

Percebo que estamos bem alto e há quedas d´agua de pedras meio rosadas, descendo por todos os lados. Penso que quero descer. É um barranco íngreme e vou descendo cuidadosamente, usando as mãos e os pés. Avançando um pouco, lá embaixo se desvela um vale imenso e vejo ao longe um lago azul. Viro para trás para as pessoas que estavam me observando lá de cima, meio que torcendo por mim. Faço um sinal de joinha, de que havia visto algo muito legal lá embaixo que eles pareciam desconhecer. Escuto todos festejando, mas ninguém esboça reação de vir também.

Fico parada ali ainda sentada no barranco e vejo uma grande coluna que deve ter seu começo no chão. Fico pensando como vou fazer para descer. Têm umas reentrâncias nela e penso que posso ir encaixando os calcanhares, mas logo percebo que não era plausível. Penso em descer como de rappel, com a barriga encostada e encaixando os pés nas reentrâncias. Mas a coluna é bem larga... estou nesse impasse técnico de decidir como descer quando passa pela minha frente, todo despreocupado, um homem de bermuda e camisa brancas com uma chave na mão, com a qual brinca jogando para cima e para baixo.

Acompanho com os olhos para ver aonde ele vai, e vejo que existe um caminho batido para descer. Quase pavimentado. Um caminho pelo qual passam famílias e todo mundo. Um caminho tão fácil que as elucubrações de como eu desceria pela coluna se tornam completamente absurdas.

Sigo pelo caminho e lá embaixo o lugar se assemelha a um complexo turístico, hotéis, lojas, tudo como se fosse dentro da montanha, mas tem sempre um raso lençol d´agua correndo no chão. Encontro uma moça lá. Uma mulher pequena de cabelos escuros com um corte antiquado. Noto que ela usa um cinto mas eu não consigo ver a fivela. Ela sobe de volta comigo até o nível onde eu havia encontrado o turista. Ali nos separamos. Sinto que ela estava morando ali embaixo, mas ela não era dali. É boa a sensação de tê-la acompanhando para cima.

Acabou o sonho MAS...

(contei pro meu analista que se fixou na coluna e ficou me perguntando... Hum... coluna, sei... que tipo? Fale me mais sobre isso... – Nós e os aspargos haha)

Depois da sessão estava caminhando – estou na vida cotidiana, não dormindo entendam bem – quando surge na minha tela mental, do exato lugar de onde veio o estrangeiro do sonho  – chamo-o assim porque usava aquelas roupas de turistas gringos meio cáqui, embora as dele fossem brancas – do lado de onde ele tinha vindo, abre-se uma grande angular (como uma câmera poderosa) que me mostra de frente a coluna, que na verdade é a coluna que sustenta um dos lados de um templo grego imenso, de uma cor meio rosada. É uma vista cinematográfica e se torna cada vez mais ampla, trazendo a percepção de que o lugar onde eu havia estado pensando como descer era o teto de um enorme templo grego. Uma visão surreal para quem estava caminhando numa avenida movimentada. – Fim da visão.

Fiquei meio atônita porque o sonho havia se expandido em vigília, horas depois, e em nenhum momento anterior, no sonho enquanto dormia, eu havia feito qualquer conexão com o templo grego.

Então eu abri os olhos e acordei.

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