Por Marisol Maiche Duarte
Eu
vi um sonho assim:
Eu tinha entre 25 e 28 anos quando
sonhei este sonho. O tempo do sonho era outro, não sei precisar em que século
especificamente eu estava. Pelo cenário rústico, deduzo que talvez estivesse em
meados do século XV. Não me parecia ser no Brasil este sonho sonhado. Minha
casa era bem alta e feita de enormes pedras quadradas. Havia pouca mobília nela. O piso disforme era
feito de uma areia muito escura e endurecida. Eu estava chegando à casa. Entrei
por uma enorme porta, não sei dizer se era sala ou cozinha. Avistei no canto um
homem que calçava botas de cano longo, calças em tom pastel bastante sujas e
camisa cinza desabotoada. Me parecia embriagado e inconsciente.
Neste mesmo ambiente uns seis
meninos pediam por atenção. O menor deles aparentava uns três anos de idade e
mais velho uns doze anos. Estavam mal trapilhos e aparentavam estar
necessitando de cuidados. Eu era uma pessoa triste. Decidi que iria embora. Neste instante senti ao mesmo tempo uma tristeza
e alívio enormes.
Eu me vi de costas andando por uma
rua muito estreita cercada por outras casas semelhantes a minha. Eu era alta,
muito magra (esguia), morena e meus longos cabelos castanhos estavam presos por
um grande e lindo coque bem no alto da cabeça. Eu vestia uma blusa branca de
mangas longas e punhos largos e uma longa saia marrom clara que caía sobre
minhas pernas. Não olhei para trás, apenas segui em frente com o sentimento de
ter abandonado a todos.
Então eu abri meus olhos e despertei.
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