quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Terror subterrâneo


Por Davi Masi

Eu vi um sonho assim:



Aterrorizante, um dos mais desconfortáveis que já vi. Tinha uma trilha sonora de filme de terror que preenchia o ambiente, o som de um violino de arrepiar, durante todo o sonho. Eu era espectador, também existia no sonho - as pessoas podiam me ver, embora não fosse ativo nas cenas.

Tudo foi confuso, minha memória tem a história fragmentada, por algum motivo.
Na primeira cena, havia uma conversa de um grupo de pessoas em uma sala subterrânea. O local era predominantemente branco e as pessoas vestiam roupas claras. Havia uma menina com aparência de asiática, com blusa e saia brancas com alguns detalhes em cores suaves. De repente, em meio a conversa, ela toma um par de hashis nas mãos e crava eles no fígado do homem com quem dialogava, atacando-o diversas vezes no mesmo lugar. Ele cai para trás com os hashis cravados e sangue escorrendo. E eu permaneço olhando estarrecido, sem conseguir dizer palavra alguma. Assim se encerra esta cena.
De repente, me vi em uma estação de metrô. Muito pequena, rústica, com paredes ainda de pedra. Ali havia um grupo de homens jovens que conversava na plataforma, perto de onde o trem parava. De repente, um deles começa a discutir e começa uma briga. Então minha visão da cena começa a falhar, de modo que posso ser uma pessoa no grupo, outras vezes vejo a cena como um filme ou então pelos olhos do agressor.
O homem agredido cai nos trilhos inconsciente. Está ferido na cabeça. A intenção do homem que o agrediu não era matá-lo. Próximo do homem caído há uma alavanca que é capaz de impedir que o trem chegue e o atropele, mas ninguém quis arriscar a vida atravessando os trilhos por medo de não conseguir puxar a alavanca a tempo.
O trem chega, vagarosamente. Neste momento vejo a cena como um filme. O trem passa por cima de parte de sua cabeça a esmagando, mas estranhamente não a destrói por completo, o rosto fica intacto. Vi essa parte em loop. Tentei sair do sonho, vi meu quarto mas minha mente não desligava do sonho e voltei. Foi aí que vi a cena pelos olhos do agressor, que olhou nos olhos do cadáver. Os olhos do morto se abriram e olharam fitos de volta. Minha visão deu um zoom no rosto dele. Eu tentava sair do sonho e não conseguia, mesmo vendo meu quarto permanecia ouvindo a trilha sonora aterrorizante. Era como se o cadáver contasse vitória e fosse se vingar, eu via os olhos dele olhando fixamente nos meus.

Então eu abri meus olhos e despertei.

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